sexta-feira, 25 de novembro de 2011

la mer...




"La merr..."


Paulatinamente, reencontro-me num turbilhão de grãos de areia... Algo muito mais que algo havia me tapado nas incertezas vividas...
O olhar pacato, a meninice, os olhos ainda baixos... Olhos grandes, olhos que falam... Olhos que por si só já sentem a dor que virá e, por vezes, espantam-se...

Belos olhos... Ainda grandes, encontram os outros que são cerrados, canto da boca com canto da boca... A voz se altera, agora é mansa... Sim, que o mundo acabe... e que a palavra seja francesa!
Que a dor seja italiana; Que o sentir seja brasileiro; que o dançar seja argentino, e que a valsa seja vienense...

A dor é na alma. E ela é contada nos pedacinhos de sonhos que foram construídos no vácuo.

Quando se constrói uma vida e coloca-se esse projeto nas mãos do outro mas que ele simplesmente venha a detalhar mais... Aqui se foi, na verdade, foram-se anos, anos e anos...

Você veio e me desabrochou! Água, sim, trouxe água ao meu botão; mero potencial de rosa! e depois, enfim, deu passos largos para o seu futuro.


Disse a mim que não mais seria a mulher dos olhos que um dia foram moldados pelos seus, mas enfim! Sou ela e você viverá em mim pelo eterno.
Não haverá tempo, não haverá espaço, não haverá astro.

A RElação foi transcendental. Sem toque! Apenas o encontro de energias que sempre quiseram se cruzar!
Que doa, pois, como aquele ânsia que vem de dentro dos desesperados, se transforma em algo físico.
Como aquela dor que não se vê que se transforma naquela que arde e vem de dentro, limpando, retirando todas as lágrimas.

Você me colheu! Além de ter me plantado...
E depois, simplesmente, deixou-me para que outros fossem felizes pelo sorriso que você me ensinou a dar.

Sempre, sempre será! meu platonizado.

E quando em um quarto eu te escutar gritar, chorarei. Porque, simplesmente, somos almas unidas antes de estarmos aqui, que o mundo por dor e inveja resolveu separar.

Adaptei-me ao mesmo ar... adaptei-me ao mesmo ar....


E ainda depois de tudo, necessito correr... necessito saiir de mim mesma, necessito desaguarr!
Num Oceano distante.
Distante do cerrado! Distante.. distante!

A alma, heis, que sai do corpo e migra serras, e serras além mar... Meus pulmões cheios, a tosse é dolorida...
não há mais como inspirar...
e ainda assim, algo em mim explode, transcede, se esvaiaaaa GRRRRRRRIIIIIIIIIITA
MOORRE, em pequenos choros, pequenos episódios...
além mar.. alémm, muito além...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

futuro


Agora sim... um questionamento com sanidade diante dessa nossa sociedade estagnada nos moldes que o tempo e a tecnologia resolveram implantar.
O homem as criou, no entanto, essas, estando mais fortes, tomaram o viver da humanidade e fizeram com que esta se adaptasse aquilo que a criatura primeira resolveu inventar depois.

E o que somos nós?
Aquelas pessoas que realmente queríamos ser quando éramos jovens e cheias de ideários libertadores ou simples corpos que rastejam para ser aplaudidos pelos outros que foram condicionados a esse comportamento?

É fato, estou jovem e de saco cheio de tantos adultos que vejo em depressão, nessa mesma depressão modernista e contemporânea que nos leva a teclados ao invés de nos levar às pessoas e estraga as relações interpessoais.

Nós fomos aqueles que criamos os limites para nós mesmos... Horrível, não?

Paradoxal... pensamos em tudo mas no desenrolar da fita, nos enrolamos nas consequências dela...

Desculpa te acordar, Drummond, mas não queira você se levantar para olhar o hoje...
EU É QUE GRITAREI LOUCURAS INAUDÍVEIS: NÃO QUERO SER A POETA DE UM MUNDO CADUCO! LEVANTEM-SE!

E tantas foram as frases que nos deixaram para podermos nos libertar de nossos medos e desejos não mencionados. Libertaram nossas almas para que nós as prendêssemos em cercas elétricas. Está aí, hoje correntes atravessam-nas e sufocam cada vez mais nosso eu...


QUERO RENASCER...
QUERO CRIAR, QUERO VER, QUERO CONTESTAR tantas formas convexas que nós um dia tivemos que aceitar....
Cadê as veredas nas quis um dia planejamos nossas caminhadas e passeatas ? e as revoluções? e o ardor e querer da justiça que hoje se encontra atrás de uma mesa recebendo dinheiro para se calar?

Desculpem-me, mas esse, com certeza, não é o século XXI que os gênios imaginavam que seria ou que iria acontecer.
Estamos no meio de tantos medos fazendo com que nossos sonhos se rebaixem a simples modos de viver e modo de ser feliz, que NEM nosso é.
Foi importado pela nossa incapacidade de pensar sobre...

Quanto aos sonhos, aos meus sonhos, eu os recuperei dentro de uma revolução insana para o mundo, mas totalmente coerente e coesa para mim.

Levante uma bandeira SUA (que fique bem claro), e queira você um dia ter a loucura de morrer por ela.

"O que fazemos em vida ecoa pela eternidade..."

O que não fazemos nos faz nunca ter vivido...