

Paulatinamente, reencontro-me num turbilhão de grãos de areia... Algo muito mais que algo havia me tapado nas incertezas vividas...
O olhar pacato, a meninice, os olhos ainda baixos... Olhos grandes, olhos que falam... Olhos que por si só já sentem a dor que virá e, por vezes, espantam-se...
Belos olhos... Ainda grandes, encontram os outros que são cerrados, canto da boca com canto da boca... A voz se altera, agora é mansa... Sim, que o mundo acabe... e que a palavra seja francesa!
Que a dor seja italiana; Que o sentir seja brasileiro; que o dançar seja argentino, e que a valsa seja vienense...
A dor é na alma. E ela é contada nos pedacinhos de sonhos que foram construídos no vácuo.
Quando se constrói uma vida e coloca-se esse projeto nas mãos do outro mas que ele simplesmente venha a detalhar mais... Aqui se foi, na verdade, foram-se anos, anos e anos...
Você veio e me desabrochou! Água, sim, trouxe água ao meu botão; mero potencial de rosa! e depois, enfim, deu passos largos para o seu futuro.
Disse a mim que não mais seria a mulher dos olhos que um dia foram moldados pelos seus, mas enfim! Sou ela e você viverá em mim pelo eterno.
Não haverá tempo, não haverá espaço, não haverá astro.
A RElação foi transcendental. Sem toque! Apenas o encontro de energias que sempre quiseram se cruzar!
Que doa, pois, como aquele ânsia que vem de dentro dos desesperados, se transforma em algo físico.
Como aquela dor que não se vê que se transforma naquela que arde e vem de dentro, limpando, retirando todas as lágrimas.
Você me colheu! Além de ter me plantado...
E depois, simplesmente, deixou-me para que outros fossem felizes pelo sorriso que você me ensinou a dar.
Sempre, sempre será! meu platonizado.
E quando em um quarto eu te escutar gritar, chorarei. Porque, simplesmente, somos almas unidas antes de estarmos aqui, que o mundo por dor e inveja resolveu separar.
Adaptei-me ao mesmo ar... adaptei-me ao mesmo ar....
E ainda depois de tudo, necessito correr... necessito saiir de mim mesma, necessito desaguarr!
Num Oceano distante.
Distante do cerrado! Distante.. distante!
A alma, heis, que sai do corpo e migra serras, e serras além mar... Meus pulmões cheios, a tosse é dolorida...
não há mais como inspirar...
e ainda assim, algo em mim explode, transcede, se esvaiaaaa GRRRRRRRIIIIIIIIIITA
MOORRE, em pequenos choros, pequenos episódios...
além mar.. alémm, muito além...