quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

EM NENHUM LUGAR..


Ando precisando mais de mim...
das minhas palavras, de quando escrevia, de quando me colocava em um canto acendia uma vela e me prostava para rezar, de quando andava na praça tentando encontrar alguma solução para um problema que não tinha, mas dali tirava algo... tirava água do meu deserto como pessoa.
Não sei por onde andei ultimamente, em quais esquinas me perdi...
Sinto ter me fechado num orgulho tão profundo e egoísta que esqueci dos velhos e sempre bons comigo...

O POST de hoje significa saudade daqueles que sempre tinham algo para me dizer: Vinícius[eterno em mim], Jô [onde quer que você esteja], Carlos[tantas palavras que foram caladas], Marina, Dimy, Flávia[no nosso início], Diógenes[quando nos precisávamos]... E eternos professores: Claudinha, Fernando (que falava com as palavras de Platão), Rodrigo C. !

Saudades! Nada, nem uma música sequer pode ficar no lugar...
Nem as palavras que antes engasgasdas surgem com uma facilidade indescrítivel podem ficar no lugar...

Nos últimos meses quis me fazer ausente de mim mesma. Consegui como ninguém! Coloquei meus sonhos em segundo plano esperando que algo inédito fosse acontecer... Ridículo sentimento de espera que o ser humano tem. A frase que começa com "só o tempo pode melhor as coisas" nos deixou péssimos costumes.

Antes eu podia entrar no msn que encontraria os de sempre lá...
Agora, não! E eu mesma não me encontro dentro de casa, nem fora dela, nem com ele [pois com ele, eu me transformei no pior que já era esperado], nem na Igreja, nem na praça, nem conversando com outros alguéns, nem ouvindo um sermão, nem na planta que nasce do cimento, nem em lugar algum! Elas vêm, emocionam-me e vão facilmente.
E para isso a única coisa que eu queria seria escutar algumas palavras de vocês sobre o resultado da minha vida, mas vocês nunca voltam... E o orgulho montou uma barreira!
Estranhos humanos que estragam a amizade pelo desejo desenfreado de se conhecer um pouco mais ou pelas palavras que não conseguiram segurar....
Você está aí agora, no outro lado e nem sei se está bem!

Andei maquiando muitas lágrimas com sorrisos falsos, e maquiando os verdadeiros com lágrimas indevidas, envolvidas com palavras inóspitas!

CLARIIIIIIIIIIIIIIIIICE, onde estiver, escreva em minha hitória nesse momento uma epifania.
GUIMARÃESS, desculpe-me, mas agora nem um neologismo seu me faria bem...
Bebi muito da água inicial de Drummond, e já estou velha demais.
VELHA demais para querer voltar no tempo e construir um novo futuro!
Meu coração está podre. Meu ser é um ser víbora, palavra essa que usei contra a que mais me aguenta, e contra quem eu não consigo nunca pedir desculpas, minha mãe.

Nem se eu cantasse aquela música. Nem se eu dançasse a Valsa Vienense! Sou um José nojento com aqueles que são e estão comigo.

E essa história não tem fim porque meu riso não tem começo!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

no meu eu indo de volta pra casa


No meu eu, hoje, calado... não há histórias, não há sedução, não há contrastes, só uma caixa de pandora que ouso dizer ser minha, minha sina, meu fado... que de heroico não tem nem um pouco.
Só que essa semana não é uma das mais fáceis.
é uma daquelas na qual a alama dói, e as lágrimas caem e não há ninguém para entender o que se passe aqui dentro.
Um ano se foi. E a pergunta que fica em mim é se ele somente se foi ou se com ele ficarão momentos inesquescíveis. Meu sentimento opta pelo segundo. É que de repente um misto de emoções tomaram conta do meu corpo e me mostrou mais uma vez minha incapacidade, porque sou humano, e ser humano dói.
Já dizia o poeta que tudo vale a pena... enfim, quero acreditar e quero acreditar também que navegar é preciso sempre, mesmo que não se saiba o destino... pegue nos remos, e siga.
Quero acreditar também que chorar é preciso que lágrimas são os limpa-vidros das nossas melhores janelas, os olhos.
Não queria eu ser um mero retirante, porém, costumeiramente, retiro-me da vida de alguns e depois rebate em um mim um sentimento que questiona as minhas pérfidas ações e vejo que desejaria que aquela pessoa estivesse lá ao meu lado. As pessoas costumam deixa esse misto de saudade e de incerteza, que seja. É ele quem faz doer os meus fins de anos...
O que pode um ser fazer dentro de sua angústia?

Na maioria das vezes, como diz um amigo meu, eu costumo guardar esses sentimentos e deixar transparecer apenas pelo olhar, quando mexo os olhos de baixo para cima numa tentativa de reerguê-los. Desse meu amigo sinto saudades!

Sinto que de algum modo, da minha vida já sinto saudades....

sábado, 25 de setembro de 2010

a minha incerteza no poema...



Louvorr... louvor ao sofrimento amigo daqueles que querem sofrer.
Louvoor, louvor à seca existente dentro de nós que nos impulsiona a levantar e buscar mais copo d'água.
Louvor, loucor às dores que não foram divulgadas....
Louvor, louvor ao maravilhoso cético dono da palavra que nos convida para entrar no mundo dele, Carlos Drummond.
Louvor, louvor à grande poetiza neossimbolista da qual a sutileza feminista eu não quero perder nem me perder diante dela.
Louvor, louvor aos cafés filosóficos que me tiram dessa éterea ressaca vinda dos olhos dele.
Louvor, louvor ao sopro pedido pelo Fernando Pessoa.
Louvor, louvor à louca linda enfatizada perfeita doce e totalmente consciente de suas ações, Ismália, traduzida pro Guimaraens. Sim, Guimaraens.
DEIXE-ME JOGAR, ME JOGAR DO ALTO... DAQUELA TORRE NO MEIO DO NADA QUE ME SEDUZ LEVANTANDO O MEU EGO AO MAIS PURO E VERDADEIRO sabor do saber o que é homem.
Louvor, louvor doce, adocicado das estrelas longínquas de mim.
Não, não tanto, não é Mário Quintana?

E quede daquilo que te seduz tão tão insurreal...
"Não sei se o mundo é bom, mas ele ficou melhor quando você chegou e perguntou se havia lugar" [Nando Reis]

[E novamente aquela música [Good Enough] Oh GOD, I need.... Eu precisoo... eu preciso curar aquilo que ficou... as marcas tão fortes... SErá que foram ilusórias com uma camada de incerteza? A incerteza do poema? Do poeta? Da poetiza? Daquela que viveu... eu vivi?]

Estranho é como eu não queria ser soterrada pela cidade na qual moro. Parecem que caem areia, terra, carvão... Parece que tapam minha visão... se é que tenho, aliás, meus olhos são pequenos demais para enxergar aquilo que habitou um dia este lugar. E quando eu quero me levantar, com passeatas, estar pronto, à disposição... E quando o sonho vem menos o sono? Será que estamos sendo iludidos demais? E a leitura de um livro.... Temo continuar, sem saber ao menos o que foi iniciado.
Diante tanto ego, perspecácia, um dia inveja, perdão, mas permita-me continuar... um sonho, uma vida... sem me perder nas mesquinharias! Minha alma cheira à naftalina...

Qeu eu não me perca dos cafés filosóficos dessa noite... e que eu aprenda a dançar!
http://www.youtube.com/watch?v=3JV74i4yvcA

HEY SOUL SISTER...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

máscaras...


Ando empurrando tudo para dentro. Engolindo, escutando, fincando-me! Desejos perdidos na extensão de um infinito que eu resolvi criar, só esqueci de patentizar. Nele não há meu nome, mas há uma alma em sentimentos pequenos, essenciais ou mesmo circunstanciais do meu próprio eu.
Perdi caminhos... caminhos, lugares, idade, que eram de extrema impotância para um ser que nem sei se fui. Quem sabe?
Eu bati em uma porta que sequer esteve lá alguma vez.
Fui o nada de mim mesma.
Decidi descer e chegando lá, não havia corda alguma para alguém puxar, retirando-me de lá.
Pior. Não havia pessoa alguma que pudesse, talvez, levantar-me na existência de uma.
Existências fúteis. DE cordas e de pessoas.
Elas não te olham, e quando não te olham, não te olham. Simples assim.
E você? Um bom e INÚTIl samaritano?

Minha transformação foi exata. Extrema naquela curva fechada, que por sinal, foi fechada sem causa. Algum acontecimento acidental efetuado pela vida. Essa é a nossa sórdida maneira de explicar o que não conhecemos ou o que preferimos deixar para lá.

Fracos é o que somos sem penúria, sem levantamento, sem porque;
Em nossa vida, a existência do "talvez" e "do não sei" nos leva ao louco acômodo do dia-a-dia.
Mas afinal de tudo,
tenho acreditado que vivo um ciclo. Ele tem me perseguido. Sei exatamente, e infelizmente, o próximo passo que darei. Tudo tão idêntico. Uma vida quadradamente circular e insonsa. E isso porque queremos, e isso porque eu quero.
Decida-se a não sair da mesma situação, você com certeza não sairá.

Pedaços de mim, eu vou deixando... E vou levando de quem está a minha volta! Nem eu sei como.
Mas tenha certeza, se passou em minha vida, falta um pedaço seu; ele está comigo, e onde?
Não tenho essa reposta! Mas em algum louco momento, ele, seu pedaço, ressurgirá de um vazio no qual eu coloquei. E emergindo, me mostrará algo. Pronto, minha epifinia pelo seu pequeno 'eu'.

Sendo assim, retiro o que disse.
Seres humanos não são inúteis. Pelo menos, não para mim.
Prazer em revê-lo.
Agora?
não mais.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Passou, passa e passará


DE repente as lágrimas caem. Eu vejo o crscimento de alguém. Eu vejo o meu crescimento. A minha aparição nessa vida e concretizo em palavras: como foi linda! Estranhamente linda, por ser regrada e liberada.
E o melhor de tudo, ainda continuo aprendendo e sendo surpreendida! Yes, you can believe that.
Olhando o meu albúm de RECORDAÇÕES no orkut. PUTZ! que lindo. Como foi tão perfeito os momentos pelos quais passei...

Às pessoas que viveram pelo menos um segundo comigo, estiveram presente da minha vida mesmo que de passagem, OBRIGADA. Vocês foram me esculpindo. Esculpiram em mim felicidade, lágrima, valor, sentimentos, juventude, DEUS, eternidade, plenitude, respeito, carinho, vivência...

"
No meu castelo, eu parei o tempo, e fiz vocês pararem junto comigo... Voltamos à infância, e o que vimos e sentimos era inexplicável. Era felicidade" [minhas palavras pós parque com amigas]

Entenda, sinto nesse momentos as milhões de pequenas sensações dos últimos três anos... Os segundos não voltaram... Os dias não voltaram... Aquele SIMPLES momento, mas carregado de toda a felicidade não voltará. E o que eu queria fazer nesse momento? Apenas curtir ESTE meu momento agora, porque daqui a um segundo, ele também não voltará. Saiba de como é importante você viver, e não apenas reproduzir outras histórias... Você contará melhor, as que presenciou! E hoje o meu desejo é presenciar e partilhar com vocês o que está passando aqui dentro.

Palavras roubadas:

"I have kissed honey lips /"Eu beijei lábios doces
Felt the healing fingertips / Senti a cura na ponta dos dedos
It burned like fire / queimava como fogo
This burning desire / este desejo ardente.
I have spoken with the tongue of angels / Eu falei na língua dos anjos
I have held the hand of the devil / Eu segurei da mãe do demônio
It was warm in the night / Estava quente à noite
I was cold as a stone
/ E eu estava frio como uma pedra"
I still haven't found what I'm looking for..." [U2]


E essa busca continuará dentro de mim, a todos os momentos e em todas as inquietudes de minha alma. Seguirei andante, como reitrante de mim mesma,
que anda rastejando-se pelo pouco que restou !

**

E agora essa como sinal de algo bom...

Palavras roubadas:

"
Baby, slow down
The end is not as fun as the start
Please stay a child somewhere in your heart

I'll give you everything you want
Except the thing that you want
You are the first one of your kind
"

(Orignal Of The Species - U2)

http://www.youtube.com/watch?v=S44XBiwTqxc

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ocorreu um erro


Antes do final do mundo, devo me pronunciar: ocorreu um erro.
Hoje já não foi como nos outros últimos dias. Ressuscitei meu blog, e muitas vezes me vem à cabeça a pergunta: para quê? Será que perdi um possível início de dom para a escrita? Cadê aquelas ideias mirabolantes que faziam dos meus textos algo mágico para mim mesma?
Sem melancolia ou algo parecido. Sem revolta contra a humanidade. Apenas palavras que juntas, faziam todo o sentido do mundo para mim.
Bem, aqui estou eu, apresentando-me crua diante daquilo que um dia criei.

Palavras emprestadas:
"Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;" [Tabacaria - Álvaro de Campos]

Ocorreu um erro. Mas um erro dentro de mim. Uma mudança, uma inquietação, uma vontade de viver, uma mudança, alteração dos caminhos! Ocorreu uma espécie de alternância de mim para mim mesma. E você ainda se pergunta, porque lê esse texto sendo que não foi feito para você. Porém, esqueça esses detalhes.

Há em mim hoje, uma espécie de luta. Não tenho conseguido assimilar muitas situações e desejo dentro de mim. Adolescência? Não! Digo ser algo mais.

Palavras emprestadas:

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
E ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não ter sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, e ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

(Florbela Espanca, 2003: 75)


Enfim, hoje, já não consigo ficar nem permanecer nesse corpo que me fora dado. Há muito a descobrir! Há muito por onde andar. Há esscolhas a serem feitas. DELAS todas quero participar, partilhar , totalizando, me integrar!

Como é belo o saber !

[Esqueça, só quem sabe e quem lê, há de entender minha almejada ou fútil cabeça! Alice]

Hoje, nem beijos e nem abraços.


quinta-feira, 29 de julho de 2010

LISTEN to me now...




Engraçado como DEUS nos envia muitos e muitos sinais, e mesmo assim, ainda não queremos ouvi-Lo. Como são belas as palavras Dele. A todo momento te dizendo: "Escute-me agora... Você não precisa estar sempre certo ! Sometimes you can't make on your own"

Sabe? Não precisamos de palavras bonitas... O que nós precisamos de verdade nessa vida é nos entregar para algo, para alguém... Entregar-nos de corpo e alma. Fazer do pouco algo grande e bem feito, mesmo que seja só para nós mesmos. Mas realizar. Dizer no final das contas: eu fiz.
"Sê inteiro no mínimo que fazes" (Ricardo Reis)

Não adianta querer fugir para onde ninguém irá te encontrar, porque no fundo, quem irá sentir falta dos outros é você. Sentir falta de cada vínculo, de cada sentimento criado...
Não queria falar isso, porém vou. O tempo passou, e alguns passos fizeram de mim uma pessoa mais madura. Mais madura, porque agora reaprendi a sonhar.

De repente, passei a ver muitas coisas de modo mais claro. Os desejos foram tomando forma e lugar em minha vida. Como eu queria voltar atrás? Não. Como eu queria viver como vivi. Exatamente igual. Todos os passos que dei, trouxeram-me hoje para o lugar que pensei um dia, que iria chegar. E hoje? Parou? Não! Hoje eu repenso, hoje, vem a minha cabeça outro lugar...

Coisas, mtas coisas incomodam-me ainda. Mas é crescimento. Uma força que nos toma lá no fundo e vai tornando-se forte a todo momento. Como é lindo. Sim, eu estou por alguns instantes maravilhada pela vida. E como queria que você também estivesse assim no lugar de suas queixas infindáveis, dos seus pensamentos para aquele menino ou menina, de baixarias...
PERCEBA: tudo isso é pouco.

Meu corpo físico já não consegue suportar o que há aqui dentro.

Senhor, Sua face ilumina minha vida.
O que Te peço é: sabe esse coração? Há nele um vazio infinito, que só o Seu amor consegue preencher!

**

Hoje termino dizendo:
sim, EU QUERO, eu quero mesmo voar... Quue os céus me concedam asas, mesmo que imaginárias... Quero ir o mais alto que conseguir, sem temer, sem olhar para trás, sem pensar qualquer instante em cair. Eu sei. Ele estará lá, esperando a minha chegada.
Jogar-me-ei de um precipício. Por quê? Será neste momento, que desaparecei... Um par de asas, lindas por sinal. E no fim, o encontro.