
Ando empurrando tudo para dentro. Engolindo, escutando, fincando-me! Desejos perdidos na extensão de um infinito que eu resolvi criar, só esqueci de patentizar. Nele não há meu nome, mas há uma alma em sentimentos pequenos, essenciais ou mesmo circunstanciais do meu próprio eu.
Perdi caminhos... caminhos, lugares, idade, que eram de extrema impotância para um ser que nem sei se fui. Quem sabe?
Eu bati em uma porta que sequer esteve lá alguma vez.
Fui o nada de mim mesma.
Decidi descer e chegando lá, não havia corda alguma para alguém puxar, retirando-me de lá.
Pior. Não havia pessoa alguma que pudesse, talvez, levantar-me na existência de uma.
Existências fúteis. DE cordas e de pessoas.
Elas não te olham, e quando não te olham, não te olham. Simples assim.
E você? Um bom e INÚTIl samaritano?
Minha transformação foi exata. Extrema naquela curva fechada, que por sinal, foi fechada sem causa. Algum acontecimento acidental efetuado pela vida. Essa é a nossa sórdida maneira de explicar o que não conhecemos ou o que preferimos deixar para lá.
Fracos é o que somos sem penúria, sem levantamento, sem porque;
Em nossa vida, a existência do "talvez" e "do não sei" nos leva ao louco acômodo do dia-a-dia.
Mas afinal de tudo,
tenho acreditado que vivo um ciclo. Ele tem me perseguido. Sei exatamente, e infelizmente, o próximo passo que darei. Tudo tão idêntico. Uma vida quadradamente circular e insonsa. E isso porque queremos, e isso porque eu quero.
Decida-se a não sair da mesma situação, você com certeza não sairá.
Pedaços de mim, eu vou deixando... E vou levando de quem está a minha volta! Nem eu sei como.
Mas tenha certeza, se passou em minha vida, falta um pedaço seu; ele está comigo, e onde?
Não tenho essa reposta! Mas em algum louco momento, ele, seu pedaço, ressurgirá de um vazio no qual eu coloquei. E emergindo, me mostrará algo. Pronto, minha epifinia pelo seu pequeno 'eu'.
Sendo assim, retiro o que disse.
Seres humanos não são inúteis. Pelo menos, não para mim.
Prazer em revê-lo.
Agora?
não mais.