
De repente me bateu um sentimento nostálgico, não sei se foi pelo filme "Sentimento Feminino", temo que não, temo que esse é o sentimento ao qual não tenho dado muito valor, não tenho o sentido como deveria, então de certa forma ele vai sendo sufocado dentro de mim, e assim, eu vou levando-o aonde quer que eu vá.
Pensamentos, sentidos, percepções, sensibilidade, falta... Paulatinamente, já começo a sentir aquilo que eu não sentia. Será o término e o meu reencontro simultaneamente? Acho que essa, sim, era a hora mais temida pelo meu inconsciente...
Eu sabia que um dia voltaria a me questionar... e olha que engraçado, não fui eu quem deu início a esse episódio. Foi o Bráulio, rs. not my father, rs! Em frente à Igreja quando contei o meu 2010 a ele e de repente ao olhar nos olhos dele um questionamento ele se fazia, e quando o procnuncio eu vi que não sabia a resposta, "Como você conseguiu passar por tudo aquilo?". O questionamento em si não me trouxe nenhum espanto, o que me espantou foi de quem ele veio e o fato de eu não saber a resposta. E num suspiro, respondi: "Não sei. Só sei que estou aqui."
E só depois daquilo eu percebi. Era óbvio, DEUS!
Mas longe de querer tornar esse tópico algo religioso... Eu percebi, então, só nesse momento que os únicos que sabem de nós e o que nós levamos, e nossas histórias, e nossos sofrimentos, e nossas dores, e nossos sorrisos, e nosso chorar, e o nosso correr, e a nossa fuga, somos nós mesmos. E até então eu pensava que todos em minha voltam sabiam de casa passo que eu dava. No entanto, ninguém tinha noção em qual universo eu me encontrava.
Hoje, parando para pensar, me bateu de novo uma vontade tremenda de ter minha família toda unida... Mas daí a ver que o mundo não vai girar nessa direção, eu tento me conformar de novo.
Queria tanto fazer algumas ligações... Todavia, compreendo, o que eu sinto, esse sentimento, que é ruim, deve ser apenas meu.
Sei que pode parecer uma postagem idiota, bastante emocional, mas de fato é o que ocorre conosco e muitas vezes nós nãos abemos encarar os acontecimentos.
Questiono-me a todo momento quando será que vou conseguir entender e tirar uma lição de tudo isso. Pergunto-me para quê o ser humano deve sofrer para aprender... Qual seria o início de tudo isso... e pior ainda, qual seria o fim?
EStamos tão presos a todos os outros, que estando só ainda carregamos todos dentro de nós, e às vezes esse carregar nos pesa. Pesa o sentimento, pesa o fardo, pesa o conhecimento adquirido, e porque eu o tenho devo-me calar a agir com os sentidos irracionais. SE não o tivesse, será que de algum modo seria eu mais feliz?
O homem me assusta, me espanta sempre que pode... São seis bilhões de pensares diferentes. Seis bilões de pensamentos solitários que quando tomam PURA CONSCIÊNCIA dessa tremenda solidão, correm para um deus.
Não estou questionando nenhma religião, sou católica praticante até. Não misturemos as coisas.
Porém isso está em nossa face. O medo, o vazio, o fugifio, o incompleto. SOMOS, SIM, seres INcompletos, por isso vivemos à procura de alguém... Como se ele já viesse com uma responsabilidade a priori de nos completar.
Pesa-me, então, esse simples pesar... essa falta, esse vazio, que nenhuma palavra haverá de incubrir, tapando eternamente. Estar no mundo por estar sempre vai ser uma questão interna minha. Posso dormir, acordar, estudar, conhecer novas pessoas, amá-las, saber de suas histórias, odiá-las, questioná-las... ESSE meu eu, ainda assim, continuará vazio, um solo arenoso, à procura sei lá de quê... À procura sei lá para quê... Porque me preencher, nem estrelas nem oceanos...
Sou de fato, um negro buraco, engolindo matéria e o seu reverso... CONvergendo até mim a energia do planeta.