
Sinceramente, há muitas coisas que eu queria escrever aqui...
Porém, ainda estão desorganizadas dentro de mim.
Sentimentos mal interpretados, oscilações do meus eus falíveis...
Triste compreensão do peso do seu eu, do meu eu-lírico..
Hoje, faço diferente, passo meu lápis preto ao redor dos olhos, sim, meus olhos são grandes, sei. Olho-me no espelho e na espera de que ele me responda quem eu realmente sou, já vou me moldando por si só.
Aquela mulher, que se faz à mesma figura da menina de quatorze. É UM renascer, um reabrir do olhos e um querer cuidar com tom diferente.
A maquiagem mudou.
Antes ela vivia na constância no indefinido. Agora, sozinha ela já se define...
E pinto os olhos, faço o contorno, levanto os cílios...
Os três pontos se fazem reais ao lado de cada um e na minha esfera de conquista não dele, mas de mim mesma. Havia perdido o meu amor e me deixado cegar por aquilo que sempre soube não ser o certo...
E a questão é: até quando essas oscilações se foram realidade? Até quando terei de viver na inconstância que eu mesma criei?
Várias formas nós criamos para tapar aquilo que realmente se faz presente, não adianta.
estamos cada vez mais longe de nós mesmos... e de repente, quebramos o espelho, e aqueles pedacinhos, sim, somos nós. Somos nós que com o tempo fomos desfalecendo da verdade... e deixando com que os laços da vaidade do querer ser algo diferente derrubasse toda beleza de ser quem realmente somos...
Eles se juntam, porém, há linhas entre eles, há separações, que ficarão lá no eterno e não passarão... e quando passarmos a mão, nos cortará fundo chegando ao nosso ego, aquele que nós nunca deixamos alguém tocar pela dor incessante, e até mesmo pelo medo de que um dia ela cesse por si só, parando de doer o que nos fazia vivos, porque aí sim, teremos a certeza de que somos qualquer um, qualquer coisa, menos nós mesmos... Atores sem sentimento no vão de um vida a qual nós nem nos importamos de viver...
Quando passo o lápis, eu vejo a flor novamente se abrir... é uma alusão a sentimentos meramente corrosivos, quando a toxina não são os outros, mas pior, são nossos desejos intermitentes, os desejos que não realizamos por medo de nos culpar.
e no fim de tudo, de tantas palavras ao vento... eu sei que poderia virar brisa, vento leve, poeira, junto a ti... "
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