sábado, 16 de junho de 2012

Entre o sorriso e os olhos




Ta aí um post do qual me recusei fazer durante todos os anos...
Aos bloggeiros, sabemos que quando criamos um blog, criamos com uma intenção subjetiva, que é só nossa, e nele estava tudo menos demonstrar minha face.

A alma de certa forma é "melhor" quando aparece de verdade nos locais desejados, como um blog de uma pessoa altamente descontrolada, lunática e de LUA, de verdade. Uma vdd mulher Raimunda, se é que me entendem.

Porém, devo dizer que após algum tempo no qual tenho vivido fora [literalmente], tanto da cidade maravilhosa quanto fora do mundo que eu criei para minhas indagações, tenho percebido vida, vida que é necessária de alguma forma.

É necessário como me disseram que eu deixe o diamante louco que está dentro de mim brilhar, brilhar mais do que o sol que o ilumina... É necessário que eu me conheça cada dia mais, e que a cima de tudo e de todos tenha confiança em mim mesma para que esta se reflita em ações verdadeiras ao lidar com o outro. Na boa, não é MESMO para ser auto-ajuda. É apenas um texto de reconhecimento daquilo que venho tendo receio durante o meu viver...

Medo de pisar fora de casa, de conhecer o novo, de me deixar sangrar porque foi o necessário.

Já não recuo mais.... Já nao receio mais.... Ou pelo menos, já não quero o receio para além de mim mesma.

Já falei tantas coisas neste blog. Do divórcio dos meus pais, das pessoas que me magoaram, das minhas indagações alienadas, de pessoas que me fizeram feliz de alguma forma, dos meus medos... Confiei a um html aquilo que não confiei a mim mesma.
Já observei e escutei sobre a terra, o céu e o mar... o fogo e o inferno.

Já segui tantas vozes, e em meio a todas elas, percebi que a minha parou de funcionar em meio aquilo que me disseram ser importante.

E na boa, e já me cansei de conjugar esses verbos na terceira do Plurall...
Porque no final das contas, é isso... apenas 'eles', eles, eles, eles...

E eu? E nós?

Morremos sem ter ao menos falado algo.

e de repente eu já sabendo o que quero... simples assim.. sabendo o que quero, resolvo fazer aquilo que é mais difícil, aventurar-me naquilo que chamam de vida.

Para sofrer, não mais indagar, mas ouvir as respostas que alguém em algum lugar está querendo me falar...
______________________________*

Agora parando com esse discurso infundável... Percebo algo, se for para isso, blog, para seguir tal caminho mágico, receio que sua existência já esteja com os dias contados...

Porque a vida é assim, sem explicação.
AQUELES que ousam explicar algo sobre ela, simplesmente não a executam de nenhum modo.

E daí? E se eu quiser fugir? E se eu quiser comprar lingerie? E se eu quiser pecar? E se eu quiser esquecer essas concepções introjetadas em mim? E se for melhor assim eu não amar? E estar sozinha não for um sinal que esteja de fato sozinha, como em muitos casais, onde não há diálogo e nem afetividade? E se eu optar pela sexualidade? E se eu já não questionar aquilo que é certo mais, que já fora dado? e por fim, e se eu já não aceitar a concepção do Certo e do Errado?

Quem irá, diante de tudo isso, me provar o contrário?!

Agora sim!
O jogo de fotos faz algum sentido sobre mim... Menina, mulher; mulher, menina!

Nenhuma delas... Sem rótulos! Menina que sente paixão, desejo, vontade p além de si mesma..., mulher que quer brincar, rir, zuar!

E a facilidade de transitar entre a sacanagem de um sorriso até os olhos de ressaca de uma mulher, uma pessoa de verdade, que tem a necessidade de ser quem quiser; e eu opto, pela cigana oblíqua e totalmente dissimulada...

[Agradecida]


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